JURAMOS PROTEGER A VIDA, MESMO COM O RISCO DA MORTE!

Postada, 25 de maio de 2015 às 11h39

Não somos executores, protegemos vidas, e temos dado provas disso. Não vingamos a morte de companheiros, apresentamos os "suspeitos" na delegacia, quando não há reação injusta.

Lamentamos a forma como o Ministério Público - MP apresentou o resultado de suas "investigações" acerca do caso da Vila Moisés, não estamos discutindo a legitimidade do MP investigar, embora, seja sempre parcial e totalmente desfavorável aos agentes.

Pior que enfrentar a frieza do papel é o envolvimento sentimental com os relatos de parentes das "vitimas", uma nova função o MP assumiu, muito polêmica por sinal, pois quem apura não deveria servir como acusador.

Porque o MP divulgou a sua "investigação" e posicionamento antes da conclusão do inquérito policial terminar?

Existe muita pressão de movimentos sociais e da imprensa sensacionalista e tendenciosa, que sempre mostra-se contrária às ações da PM.

A OAB-BA fala em sentimento de dever cumprido. E a ampla defesa e o contraditório? Acredito que a OAB é uma instituição de respeito e que sempre zelou pela ética e não deveria divulgar nota de dever cumprido após o parecer do MP, pois, pelo menos um de seus membros deverá trabalhar em defesa dos "acusados".

Lamentamos o envolvimento de jovens com o crime, na maioria das vezes eles tem entre 13 e 28 anos, a maioria mora em comunidades carentes de políticas públicas e são seduzidos pelas falsas benesses do crime, seja ele organizado ou não, e que sempre exibem armas potentes e de grosso calibre. Nessas comunidades só se pode adentrar com autorização do líder, e nelas sim existe execução sumária. São os foras dá lei que têm eliminado jovens e adultos, ou qualquer ser humano que apareça em sua frente na hora do delito. Nesses locais os únicos representantes do Estado que conseguem chegar é a polícia e com elevado risco de morte.

A polícia tem se esmerado para combater o crime e trazer uma sensação de paz à sociedade baiana, mas, como pode esses policiais se esmerar tanto, vendo a sua frente o caixão ou o banco dos réus? A quem recorrer se o MP, OAB e DH lhe condenam sempre, mesmo antes do transitado em julgado? Como motivar os policiais a proteger a sociedade com esse quadro que está instalado?

A sociedade precisa reagir pra dizer que não aceita mais essa inversão de valores. Dizer que os bandidos não podem se transvestir de líderes comunitários e que os movimentos sociais devem chegar aos jovens e adolescentes antes dos bandidos, e lhes ofertar horizontes promissores. É muito fácil fazer manifestações para chorar os mortos e feridos e jogar, como sempre, a culpa na polícia, esse sim deve ser o verdadeiro sentimento de REAGIR.

Roque Santos, Presidente da Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia- APPMBA.

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