O policial não é um empregado comum

Postada, 23 de fevereiro de 2016 às 11h06

A sociedade cobra sempre da polícia que apresente resultados efetivos na manutenção da ordem pública e paz social. Não se trata de um simples capricho, mas de uma natural exigência contida no espírito de civilidade que nos abarca. Ninguém quer ser a próxima vítima. Se a segurança pública não funciona bem, a violência aumenta e pessoas são atingidas.

A lei destinou aos policiais a incumbência de defender e proteger toda a sociedade. Seus quadros são definidos por um processo seletivo denominado concurso público. Emanam do seio da própria sociedade, os considerados habilitados e aprovados. Ademais, passam por um curso de formação profissional, aprendendo e treinando, antes de sair às ruas para executar seu trabalho.

Diante da premissa de zelar pelo interesse público, esses policiais não são largados sem acompanhamento nas ruas. Ao longo de 36 meses são avaliados por seus superiores num período chamado de estágio probatório, quando suas características profissionais e a adaptação na função servirão de base para determinar a efetivação ou não no cargo.

A missão do policial é estabelecida do início ao fim da carreira: combater sem tréguas e prender o criminoso. O verdadeiro policial só fica satisfeito e tem a sensação do dever cumprido ao colocar um bandido atrás das grades. Não pelo simples prazer de prender, mas sim, por retirar do convívio social alguém que despreza a lei e a vida alheia.

Não conheço outra profissão que se desenvolva com tamanho risco, a ponto do policial sair de casa, no início da jornada, e não saber se voltará, onde um beijo de bom dia na família poderá significar o de despedida.

O policial de verdade está ciente que sua missão é árdua. Todavia, fez uma opção de vida, razão pela qual não poderá fraquejar, esmorecer, ou se omitir. Chova ou faça sol, de segunda a domingo, 24h por dia, sem direito a errar, não recebendo horas-extras e, muitas vezes, abdicando de sua família, reluz que o policial não é um empregado comum.

Assim, a sociedade-patrão deveria apoiar, valorizar, e respeitar aqueles que estão dispostos a sacrificar suas vidas no regular desempenho do seu trabalho, não se deixando levar pela manifestação de algumas "laranjas podres", que, cedo ou tarde, serão retiradas do cesto.
Retirado do jornal Extra em 23.02.15
Foto ilustração: PMESP

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